terça-feira, 18 de junho de 2019

Celebração dos 111 anos de imigração japonesa no Brasil

O primeiro navio: Kasato Maru

Nesta Terça-Feira, dia 18 de Junho, comemoramos os 111 anos da imigração japonesa no Brasil. A escolha do dia relembra a chegada do primeiro navio, Kasato Maru, com 165 famílias embarcadas em Kobe, Osaka com destino ao porto de Santos. 

A epopéia de 52 dias em alto mar foi apenas um dos obstáculos vencidos pela virtuosa imigração japonesa que, muito antes de desembarcar em nossos portos, encontrava forte resistência de eugenistas brasileiros. 

Em 1 de Maio de 1888, pelas mãos da redentora Princesa Isabel de Órleans e Bragança, a escravidão chegava ao fim no Brasil. Desde então, nosso país recebeu grandes levas de imigrantes europeus que substituíram, aos poucos, a mão de obra escrava. A maior parte era composta de italianos, mais de um milhão destes imigrantes desembarcaram nos portos brasileiros nas duas últimas décadas do século XIX. Entretanto, devido ao tratamento rude administrado por parte dos produtores de café do oeste paulista ao italiano, o fluxo reduziu-se drasticamente, sobretudo após a assinatura do decreto Prinetti em 1902.

Este cenário abriu, pelo menos economicamente, espaço para o imigrante nipônico que ainda precisava vencer a resistência do pensamento eugenista em vigor na época. Até 1890 a entrada de asiáticos e africanos era proibida por decreto assinado pelo presidente Deodoro da Fonseca e endossado por seu Ministro da Agricultura Francisco Glicério. 

Ryu Mizuno capitaneou a imigração japonesa ao Brasil

Apesar da resistência de parte da opinião pública, o empreendedorismo e aptidão ao trabalho do japonês logrou sucesso na lavoura cafeeira e na produção hortigranjeira, sobretudo chá, morangos, seda e algodão no interior dos estados do Paraná e São Paulo.

O fluxo de japoneses foi incrementado com a proibição deste imigração nos EUA, Canadá e Austrália. O Brasil, apesar de limitar, não proibiu a entrada de japoneses, tornando-se ao longo das décadas de 1920 e 1930, a maior comunidade japonesa fora do Japão em todo mundo.

Família de imigrantes japoneses

Atualmente, a comunidade de nipo-descendentes no Brasil chega a quase 2 milhões de habitantes (1,09% da população). Sua presença transformou a agricultura com a introdução de novas técnicas como a hidroponia, além de espécies ainda desconhecidas no país como a mexerica poncã, o caqui, e a maçã fuji. A introdução dessas culturas foi um ponto de inflexão na agricultura do Brasil que passou de importador de maçãs argentinas para exportador dessa fruta. O mesmo aconteceu com o melão, que antes importávamos do Chile e da Espanha. 

A tendência do japonês ao comportamento cooperativista também transformou a produção de carne de aves e ovos no interior de São Paulo. A cidade de Bastos (SP) tornou-se a maior produtora de ovos da América Latina através do empreendedorismo dos nikkeis.

Os avicultores Wagner e Eduardo Mizohata

É importante salientar que o bairro da Liberdade na cidade de São Paulo expressa características da rica cultura japonesa no ambiente urbano, através de seus pórticos vermelhos e dos restaurantes de comida típica. Vale a pena a visita ao Museu Histórico da Imigração Japonesa na rua São Joaquim, número 381, bairro da Liberdade, aberto de terça a domingo no período da tarde. Outro passeio imperdível é o Pavilhão Japonês no Parque Ibirapuera. 

Onde quer que o imigrante japonês tenha pisado, promoveu o incremento e expansão da economia local, além de enriquecer, sob muitos aspectos, a caleidoscópica e multifacetada cultura brasileira. 

Deixo aqui meu agradecimento aos 111 anos da profícua e virtuosa imigração japonesa no Brasil.

segunda-feira, 17 de junho de 2019

Brasil é o país com o maior número de descendentes de italianos (fora a Itália)

Antonio Rocco, 1910 "Os Emigrantes"


É estranho,

A Argentina recebeu 2,9 milhões de imigrantes italianos, mas estudos comprovam que pelo menos 51% não se radicou no país e retornou para a Itália.

O Brasil, apesar de ter recebido 1,6 milhão, parece ter tido mais sucesso na radicação dos italo-descendentes em solo brasileiro. (Apesar de que podem ser a falta de estudos sérios em estatística). Acredito que uma outra teoria é a de que na Argentina, com um vazio democráfico, os italianos acabaram casando entre si, enquanto no Brasil, cada imigrante casou-se com uma brasileira, mulata, espanhola ou portuguesa imigrada multiplicando o número de descendentes ao invés de casamentos italianos puros.

De acordo com alguns sites, o montante de ítalo-descendentes no Brasil é de 30 milhões (15%)
Na Argentina 22 milhões (Metade da População)
No Uruguai 1,5 milhão (40%)

Nos EUA são 17 milhões

Emigrantes italianos por 1.000 habitantes: 
  • 1870-1879: 4,29
  • 1880-1889: 6,09  (Nesse período o Brasil recebe 510.533 imigrantes italianos)
  • 1890-1899: 8,65 (Nesse período o Brasil recebe 537.784 imigrantes italianos)
  • 1900-1913: 17,97 (Justamente no período que a imigração italiana atinge seu ápice, o número cai drasticamente para 196.521 graças ao Decreto Prinetti de 26 de março de 1902, que previa o fim de passagens subsidiadas para o Brasil devido aos relatos das péssimas condições de trabalho em que viviam os italianos, sobretudo nas fazendas de café. O Decreto, entretanto, não proibia a imigração espontânea. É nesse decÊnio que a imigração italiana para a Argentina dobra)

O site do IBGE, principal fonte de dados acerca da imigração italiana, restringe-se a cobrir o período de  1884 a 1959 alcançando a cifra de 1.507.695. Antes disso, porém, é preciso ressaltar que a imigração italiana ao Brasil remonta 

A expedição de Pietro Tabacchi ao Espírito Santo, em 1874, por exemplo, demonstra que ainda há muitos italianos não contabilizados nesses dados.. 

No Arquivo Nacional, por exemplo, encontramos 16.466 ocorrencias de imigrantes italianos que tinham como porto final o Rio de Janeiro. Muitos desses registros contém um ou mais acompanhantes como o caso do carpinteiro Giovanni Battista Cifriano Michelonni, proveniente de Gênova, atravessou o Atlântico a bordo do navio Ligúria e desembarcou no Rio de Janeiro com esposa e mais 7 acompanhantes (8 ao todo) em 08 de dezembro de 1878. No registro 69 tinham desembarcado no Brasil, somando registro e acompanhantes 150 passageiros, a maioria de Gênova, Veneza e Buenos Aires. Acredito que possamos somar 10.000 passageiros a mais e alcançarmos o número de 26.000.

Encontramos outras 6785 outras ocorrências para outras partes do Brasil, somando-se os acompanhantes podemos obter um número de 10 mil desembarques com destinos especificos para o Brasil entre interior de Minas, São Paulo, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Pará e Bahia.

Lembrando que esses são os registros apenas encontrados no Arquivo Nacional entre 1875 e 1900.

Anterior a 1884 também encontramos na hospedaria do imigrante em São Paulo:

1976 italianos hospedados no ano de 1882: como Abele Castelpietra de 46 anos, desembarcada em 1882.

2920 italianos registrados no ano de 1883.

Ainda há ocorrências extraordinárias como Colônia Nova ITália, em São João Batista no Rio Grande do Sul criada em 1836.

Ainda há dados de italianos desembarcados em Montevideo ou Buenos Aires que dirigiram-se para os Sul do Brasil nos anos de 1840-50.



Como essa população está distribuída no Brasil

Cartaz de imigração italiana para São Paulo 
No Rio Grande do Sul vivem 3,2 milhões de italianos e descendentes, representando cerca de 30% da população do estado.​
Em Santa Catarina possui 3,7 milhões de italianos e descendentes, representando cerca de 60% da população catarinense.
Paraná possui 4,1 milhões de italianos e descendentes, representam cerca de 40% da população do estado.​

Já o Estado de São Paulo recebeu 70% de todos os imigrantes italianos e hoje possui cerca de 12 milhões de italianos e descendentes, representando 30% da população.
A cidade de São Paulo possui cerca de 11 milhões de habitantes, sendo que 6 milhões são italianos ou descendentes, ou seja, aproximadamente 55% da população da cidade são de origem italiana. Para termos uma idéia desse grande percentual na cidade de São Paulo, é interessante comparar com a maior cidade da Itália – Roma, que atualmente possui cerca de 2,5 milhões de italianos, menos italianos do que a capital paulistana.

Em Minas Gerais vivem 1,5 milhão de descendentes de italianos, representando cerca de 8% da população do estado.

No Rio de Janeiro vivem 600 mil italianos e descendentes, representando cerca de 4% da população do estado.
O Espírito Santo tem uma população de ítalo-descendentes bem expressiva! 




https://elecodigital.com.uy/sociedad/periodista-uruguayo-quiere-diputado-italia/
https://en.wikipedia.org/wiki/Italian_diaspora
http://www.inci.org.br/acervodigital/livros.php

sábado, 15 de junho de 2019

Europa OcidentalNatalidade:
Portugal10.310.0001,31
Grécia10.770.0001,33
Espanha46.720.0001,33
Itália60.590.0001,35
Reino Unido66.040.0001,8
França66.690.0001,92
Alemanha82.890.0001,5
Suécia10.000.0001,85
Dinamarca5.700.0001,71
Finlandia5.500.0001,65
Noruega5.250.0001,72
Países Baixos17.000.0001,66
Bélgica11.350.0001,7
Irlanda4.700.0001,92
Islandia330.0001,8
Áustria8.770.0001,49
Suiça8.420.0001,54
TOTAL 421.030.000 
Europa Oriental:
Bulgária7.100.0001,53
Tchequia10.580.0001,57
Hungria9.790.0001,45
Eslovaquia5.435.0001,4
Eslovenia2.066.0001,57
Montenegro662.0001,67
Sérvia7.022.0001,46
Croácia4.154.0001,4
Bósnia3.507.0001,36
Albania2.873.0001,71
Macedonia2.074.0001,53
Romênia19.640.0001,58
[Moldávia3.550.0001,24
Ucrania44.830.0001,47
Biolorussia9.508.0001,73
Polônia38.430.0001,32
Lituania2.848.0001,7
Letonia1.950.0001,7
Estonia1.316.0001,58
Russia144.500.0001,75
TOTAL: 321.835.000
Europa Total: 742.865.000

  • Portugal - Latino - 10,310 milhões
  • Grécia - Grego - 10,770 milhões
  • Espanha - Latino - 46,720 milhões
  • Itália - Latino - 60,590 milhões
  • Reino Unido - 66,040
  • França - 66,690
  • Alemanha - 82,890
  • Suécia - 10 milhões
  • Dinamarca - 5,700 milhões
  • Finlandia - 5,500 milhões
  • Noruega - 5,250 milhões
  • Países Baixos - 17 milhões
  • Bélgica - 11,350 milhões
  • Irlanda 4,700
  • Islândia 0,333
  • Áustria - 8,770
  • Suiça - 8,420

  • Bulgária 7,100
  • Tchéquia 10,580

  • Hungria - 9,790
  • Eslováquia - 5,435
  • Eslovênia - 2,066
  • Montenegro - 0,662
  • Servia - 7,022
  • Croácia - 4,154
  • Bosnia - 3,507
  • Albania 2,873
  • Macedonia 2,074
  • Romênia 19,640
  • Moldavia 3,550
  • Ucrania 44,830
  • Biolorussia 9,508
  • Polonia 38,430
  • Lituania 2,848
  • Letonia 1,950
  • Estonia 1,316
  • Russia 144,500

População da Ásia biotipo

Kazaquistão

18 milhões de habitantes







sexta-feira, 14 de junho de 2019

Taxa de Natalidade dos países atualmente

População Mundial 7,7 Bilhões de pessoas

A Ásia concentra 60% da população do Globo, sendo que Índia e China abriga 37% dessa população.


  1. Ásia - 4,6 Bilhões de pessoas 60%
  2. África - 1 Bilhão de pessoas 15%
  3. Europa - 733 milhões de pessoas 12%
  4. América Latina - 639 milhões de pessoas 9%
  5. América do norte - 359 milhões de pessoas 5%
  6. Oceania - 35 milhões de pessoas 0,5%
Taxa de Natalidade Mundial caiu de 4,7 para 2,4 filhos por casal entre 1950 e 2017

A maior religião do mundo em número de adeptos é o cristianismo, com cerca de 33,35% da população mundial; islã é a segunda maior religião com 22,43% e depois vem o hinduísmo, com 13,78%.

Foi estimado que a população global chegou a 1 bilhão pela primeira vez em 1804. Demorou cerca de 123 anos, em 1927, para chegar a 2 bilhões, mas foram necessários somente 33 anos para chegar a 3 bilhões em 1960. Em 1974, a população humana chegou a 4 bilhões, depois 5 bilhões em 1987, 6 bilhões em 1999 e 7 bilhões em 2011/2012


RECOMENDADO PELA OCDE PARA MANTER A ESTABILIDADE: 2,1

VERDE ABAIXO e VERMELHO ACIMA

Europa

França 1,96
Irlanda 1,92
Suécia 1,85
Inglaterra 1,80
Islândia 1,80
Rússia 1,75
Bielorússia 1,73
Noruega 1,72
Letônia 1,70
Lituania 1,70
Finlândia 1,65
Romênia 1,58
Suiça 1,54
Bulgária 1,53
Alemanha 1,50
Áustria 1,49
Ucrânia 1,47
Sérvia 1,46
Hungria 1,45
Japão 1,44
Croácia 1,40
Itália 1,35     (488.000 em 2015) 760
Espanha 1,33
Polônia 1,32
Portugal 1,31

América RECOMENDADO PELA OCDE 2,1

Haiti 2,92  Negro
Bolívia 2,88 Índio
Equador 2,49 Negro
Paraguai 2,48 Índio
Peru 2,40 Índio
Venezuela 2,32
Argentina 2,29 Branco
México 2,18
Uruguai 2,00
Colômbia 2,85
EUA 1,80
Chile 1,77
Brasil 1,73 * A população brasileira, segundo o IBGE, começará a cair após atingir 233 milhões em 2047
Canadá 1,60

África e Oriente Médio

Niger 7,24  20,2 milhões ‎(2016)
Congo 6,11   78,2 milhões ‎(2016)
Mali 6,06  14,2 milhões ‎(2016)
Chade 5,95
Angola 5,69
Uganda 5,59 34,4 milhões ‎(2016)
Nigéria 5,53   186,69 milhões ‎(2016) MAIORIA ISLÂMICA
Moçambique 5,24
Sudão do Sul 4,86
Mauritania 4,67 
Afeganistão 4,64
Sudão 4,53  39,58 milhões ‎2016)
Iraque 4,37
Etiópia 4,20
Egito 3,26  95,69 milhões ‎(2016)
Argélia 2,78
Arabia Saudita 2,53
Marrocos 2,49
Libia 2,27
Tunisia 2,20
Turquia 2,05

Irã 1,66


Ásia

Paquistão 3,48 (193 milhões)
Índia 2,33 (1,32 Bilhão)
China 1,62 (1,37 Bilhão)




Mediocridade - o mediocre não tem memória do passado nem perspectiva de futuro, apenas um imediatismo irrefletido

Alemanha registrou 1,1 milhão de refugiados  em 2015
Em 2017 o número de estrangeiros na Alemanha alcançou a marca de 10 milhões




Reportagens:

Taxa de Natalidade de Metade dos países está baixa: https://www.bbc.com/portuguese/geral-46149577
https://www.bbc.com/portuguese/geral-46149577
Polônia https://g1.globo.com/mundo/noticia/governo-lanca-campanha-e-pede-que-poloneses-se-reproduzam-como-coelhos.ghtml
Itália: https://www.nexojornal.com.br/expresso/2016/09/10/Por-que-a-It%C3%A1lia-atingiu-o-menor-n%C3%BAmero-de-nascimentos-da-sua-hist%C3%B3ria
Rússia: https://exame.abril.com.br/mundo/russia-lanca-programa-para-promover-natalidade-no-pais/